A situação dos cristãos que vivem em Quetta, capital da província do Baluchistão, piorou drasticamente no último ano, desde que jihadistas do Estado Islâmico organizaram diversas células terroristas na região.
No final do ano passado, dois homens-bomba atacaram uma igreja evangélica localizada no bairro cristão da cidade. Pelo menos nove pessoas morreram, e mais de 50 ficaram feridas. O Estado Islâmico assumiu a autoria e avisou que iria expulsar todos os que se negassem a se converterem ao Islã, repetindo o que seus soldados fizeram por quatro anos na Síria.
Dia 2 de abril, quatro pessoas da mesma família foram mortas a tiros no meia da rua. Todos eram cristãos e novamente o Estado Islâmico afirmou ser o responsável. Moazzam Jah Ansari, chefe de polícia da província, reconheceu que “as pessoas foram mortas por causa de sua religião” e que “foi um ato de terrorismo”. Mesmo assim, as autoridades não tomaram nenhuma providência para combater a escalada da violência.
Neste domingo (15), mais uma execução de cristãos. Um grupo de homens saiam do culto quando foram cercados por quatro indivíduos armados que abriram fogo contra eles.
A polícia divulgou uma nota confirmando que “Dois homens, Azhar Masih e Rohail Masih, foram mortos no local, enquanto outras seis pessoas ficaram feridas, sendo encaminhadas para um hospital”. Poucas horas depois, os assassinatos foram reivindicados pelo Estado Islâmico.
O chefe Ansari reconhece que “esses terroristas estão atacando as minorias para espalhar o medo e o pânico”, disse ele.
A comunidade cristã não chega a dois por cento da população. Apesar dos protestos contra o descaso do governo provincial, bem como pedidos para a proteção dos cristãos, nenhuma medida extra de segurança foi anunciada.
No ranking mundial de perseguição mais recente, divulgado pela Missão Portas Abertas, o Paquistão ocupa o sexto lugar. Além de bolsões controlados pela Al Qaeda, agora se multiplicam as células de terroristas ligadas ao Estado Islâmico.
“O nível da perseguição religiosa é extremo e cresceu consideravelmente no último ano, bem como o nível de violência, o maior de todos os países da Lista Mundial da Perseguição, indica a Portas Abertas.
Com informações Christian Today
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