quinta-feira, 17 de julho de 2014

NOTÍCIAS / POLITICA - DE OLHO NAS ELEIÇÕES 2014

“Muitos acordos políticos são feitos à revelia dos interesses da sociedade”, diz Paulo Teixeira

Teixeira concorre a uma vaga como deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro.


Candidato a uma vaga na Câmara Federal o Tenente do Exército e evangelista da Igreja Assembleia de Deus Ministério de Madureira, Paulo Teixeira, quer usar sua experiência de vida e testemunho de superação para representar na Câmara dos Deputados uma classe social que tem tido pouca atenção: os pobres.
Conhecido por ser constantemente mencionado na biografia de Rubens Teixeira, co-autor do best-seller “As 25 Leis Bíblicas do Sucesso”, e por ter financiado os estudos de Rubens quando o escritor ainda vivia em situação de extrema pobreza, Paulo foi escolhido para concorrer a um cargo eletivo no lugar do irmão, que optou em permanecer na direção da Transpetro.
Formado em Matemática e graduando em História, Paulo Teixeira contará com o apoio de bacharéis em Direito, militares, moradores de comunidades carentes e estudantes, já que o militar é conhecido por promover cursos pré-vestibulares para estudantes de comunidades carentes.
Paulo Teixeira falou com exclusividade ao Gospel Prime sobre sua candidatura. Leia a seguir:
Gospel Prime – Quando o senhor decidiu concorrer a um cargo eletivo?
Paulo Teixeira - Como muita gente sabe, a minha família é originária da pobreza extrema, mas meu pai é um gênio. Criou 6 filhos com menos de dois salários mínimos por mês. Desde a infância meu pai nos ensinou a ter elevado senso crítico, a ler e a ter posições sobre os temas importantes. Nós sempre lemos muito. A ideia original era que meu irmão, Dr. Rubens Teixeira, fosse candidato a deputado federal. Era o sonho de muita gente e ele se colocou à disposição para isso, inclusive sacrificando projetos pessoais dele. Quando meu irmão decidiu não concorrer a qualquer cargo eletivo nas eleições deste ano pelas razões por ele expostas e publicadas no Gospel Prime, fui convidado a aceitar esse desafio por defendermos os mesmos ideais. Ele foi o principal porta-voz deste convite. Ele me encorajou a aceitar o convite e disse que quer ser meu principal cabo eleitoral e me ajudar com orientações durante o mandato.
Disse que foi escolhido no lugar do Dr. Rubens, que é conhecido por sua postura crítica e firme. Pretende seguir a mesma linha de opinião do Rubens?
A forma como defendemos nossos ideais é muito semelhante. Aliás, a comunhão que temos desde a infância é muito grande. Sou o filho mais velho e tive a honrosa oportunidade de apoiar minha família logo que me formei. Rubens gosta de falar a esse respeito em suas palestras. Essa firmeza herdamos de nosso pai. Tivemos de reunir forças para superar a desigualdade, o preconceito e outras limitações que a vida nos impôs. A nossa fé em Jesus Cristo teve e tem extrema relevância para nós.
Na internet, por exemplo, venho emitindo minhas opiniões desde meados da década de 2000, seja como blogueiro, seja como colunista ou mesmo pelas redes sociais, sempre fazendo uma crítica dos fatos do cotidiano, sejam  políticos, sociais ou religiosos, analisando-os sempre sob a ótica dos princípios basilares da ética e da moralidade que regem (ou deveriam reger) a sociedade brasileira. Entendo que tais princípios são inegociáveis.
Meu irmão, Dr. Rubens Teixeira, diz que muitos artigos que escreveu foram por minha sugestão. Por outro lado,  digo que muitos temas ligados às mudanças na economia brasileira, no Código Penal e até mesmo na educação serão por sugestão dele, por ser alguém muito antenado, informado e corajoso. Será extraordinário tê-lo ao meu lado como conselheiro no meu mandato.
Vivemos numa sociedade com crise de valores muito grande, em escala crescente, em todos os ambientes. E entendo que nesse cenário faz-se necessário que nós cristãos não nos acovardemos. Jamais! É necessário sermos firmes na defesa de nossos ideais, a fim de não sucumbirmos diante de ideologias e princípios que colidem frontalmente contra aqueles que fazem parte da formação cultural cristã de nossa sociedade.
Qual será sua proposta de mandato?
O eleitor está bastante cético em relação às promessas. O povo está com repulsa à política, pois muitos acordos políticos são feitos à revelia dos reais interesses da sociedade. As propostas que pretendo apresentar estão relacionadas a, sobretudo, melhorar a qualidade da educação pública por meio de indicadores, com sistemas de incentivos e correção de rumo, se não atingidas as metas.
A maneira mais eficiente de se ascender na vida, por meio da mobilidade social, é por intermédio da educação. Da forma que é hoje em nosso país, a maioria das gerações dos pobres está condenada a ser pobre também, se dependerem da educação pública que lhes é oferecida. Defendo  que o ensino fundamental deva estar nas mãos do governo federal. Daí a necessidade premente para se federalizar o sistema educacional na sua base. Outra área que quero defender é que haja indicadores no atendimento à saúde pública. As pessoas morrem nos corredores de hospitais e fica por isso mesmo. Ninguém é responsabilizado.
Os serviços oferecidos às pessoas carentes não tem controles e parece que  para pobres serve qualquer coisa. Isto é uma violência estatal sobre as classes menos favorecidas, ferindo a dignidade da pessoa humana. Há propostas que farei também em defesa dos militares e servidores públicos civis, além de modificações na política econômica, em defesa do emprego, na normatização do sistema financeiro, na área de segurança pública, transporte, saneamento e, obviamente, em defesa dos princípios cristãos. Aliás, como cristão eu nem precisaria enfatizar este último ponto.
Pretende debater questões morais, a exemplo de alguns deputados da bancada evangélica?
Evidente que vou defender a vida, a família e todos os princípios cristãos que já venho defendendo. Em relação aos projetos que afrontam a família brasileira e aos princípios cristãos, além daqueles que visam restringir, de alguma forma, a liberdade de imprensa e de opinião, estes, certamente, de antemão, já tem minha oposição, como sempre me manifestei em vários artigos ao longo dos últimos anos. Aliás, defender esses pontos, como já disse, é óbvio. Estranho seria o contrário.
O Dr. Rubens afirmou recentemente que não votará em candidatos que representem igrejas ou instituições. Qual a sua opinião em relação a isso?
No post que meu irmão colocou no Facebook sobre esse tema, se lido completamente, ele deixou claro que votaria em candidatos que defendiam princípios cristãos. A crítica dele é que há candidatos que representam igrejas, empresas e outros grupos e que se omitem em questões relevantes para o país, especialmente para os mais carentes, porque fazem acordo que interessam aos seus líderes, empresários ou grupos que representam.  Em si, isso contraria os princípios bíblicos. Precisamos de parlamentares que defendam os interesses maiores da sociedade, especialmente no que diz respeito aos temas que já explicitei acima.  Tem muitos ‘defensores de princípios cristãos’, sejam eles líderes religiosos ou mesmo detentores de  cargos nos legislativos que são omissos em questões relevantes, além de só defenderem ‘princípios cristãos’ na retórica. Discurso e prática diferentes. Os membros de suas igrejas continuam nos corredores dos hospitais, enquanto alguns desses caciques-gospel possuem planos de saúde sofisticados, curtem viagens internacionais e restaurantes caros. Mas, pelo menos em ano eleitoral, são impetuosos ‘defensores dos princípios cristãos’. Isso é deprimente. Não é a justiça que o Senhor Jesus nos ensinou. Não são fariseus, são como Judas, o que vendeu Jesus. Vendem seus irmãos em épocas de eleições e os deixam à sua própria sorte depois disso.
Mas o senhor se considera um candidato dos evangélicos?
Alguns candidatos são apresentados para grupos religiosos e que os membros das igrejas sequer conseguem chegar perto deles. São blindados de uma maneira tal que seus eleitores não conseguem também cobrar explicações acerca das mazelas sociais que sofrem na comunidade onde estão inseridos. Políticos profissionais fazem acordos, sem transparência, com o “líder” e só aquele candidato tem voz, independentemente do histórico que possui, seja na sociedade, seja na igreja. Outros candidatos, mesmo cristãos, são ‘proibidos’ de pisarem naquele terreno. Igreja não é curral eleitoral. O povo está com nojo disso. Dentre os candidatos evangélicos, há os de igrejas, os de líderes, os de empresas, os de complexos igrejas-empresas. Eu quero ser candidato do povo, inclusive dos evangélicos.
Tenho uma grande base de apoio que envolve evangélicos de diversas denominações. Há um exército de líderes sérios que estão conosco, pessoas que acreditam no nosso projeto. Contudo, devido ao relacionamento que temos, seja das mídias evangélicas e seculares que somos comentaristas, seja decorrente do apoio do meu irmão Dr. Rubens Teixeira, muito respeitado no meio secular, terei votos de pessoas não evangélicas, especialmente de intelectuais, bacharéis em Direito, militares e outros amigos que acreditam nas posições que defendemos. Pessoas de qualquer religião, ou sem religião.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Psicóloga cristã pode ter registro cassado por ser contra a ideologia de gênero

CFP acusa psicóloga cristã de “preconceito”. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) poderá cassar nesta sexta-feira (18) o registro ...