Ex-presidente do extinto PL, o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), um dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão, disse nesta terça-feira (02) que irá recorrer da decisão. Em entrevista coletiva na Câmara, Costa Neto afirmou que questionará sua condenação na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). O deputado afirmou que irá recorrer “em todas as instâncias do planeta”.
Na segunda-feira (01/10), os ministros do Supremo condenaram Costa Neto por corrupção passiva e por lavagem de dinheiro.
O deputado disse também que o mensalão virou escândalo porque envolveu o PT. Na opinião de Valdemar, se os principais partidos envolvidos no caso fossem o DEM ou o PSDB, o julgamento não teria tomado essa proporção.
Costa Neto ainda eximiu os grandes nomes do PT de qualquer ligação com o mensalão. Ele disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca teve qualquer envolvimento com o caso, que o ex-ministro José Dirceu somente participou de acordo financeiro antes da eleição. Costa Neto ainda afirmou que o ex-presidente do PT, José Genoíno, “nem sabe o que é dinheiro”. Segundo Costa Neto, “era tudo com o Delúbio”.
Outros condenados
Na segunda-feira também foram condenados por lavagem de dinheiro o ex-deputado e presidente licenciado do PTB Roberto Jefferson, delator do esquema, além dos ex-deputados pelo PP Pedro Corrêa e Pedro Henry; o ex-assessor do PP João Cláudio Genu; o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas, o ex-deputado pelo partido Bispo Rodrigues; o ex-deputado Romeu Queiroz (PTB); o então primeiro secretário do PTB Emerson Palmieri, e o ex-deputado João Borba (ex-PMDB).
Pelo crime de lavagem de dinheiro, foram condenados Corrêa, Henry, Genu, os ex-sócios da corretora Bônus Banval Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg, Lamas, Bispo Rodrigues, Jefferson, Queiroz e Palmieri. Os réus condenados pelo crime de formação de quadrilha foram Corrêa, Genu, Quadrado, Costa Neto e Lamas. O único absolvido foi o ex-assessor do PL Antonio Lamas, por falta de provas.
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Fonte: O Globo