Paulo Freire ignora colegas e comemora aprovação da Lei da Palmada
Para o deputado evangélico, a aprovação da lei foi uma "vitória da bancada evangélica".
O deputado federal Paulo Freire (PR-SP), presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), publicou nesta segunda-feira (30) em sua página no Facebook, um texto comemorando a aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 58/2014, conhecido como Lei da Palmada.
O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados após polêmica envolvendo o deputado pastor Eurico (PSB-PE) e a apresentadora Xuxa Menguel, que participou de um debate sobre o tema.
Na ocasião, Eurico resolveu lembrar que a apresentadora já “agrediu” uma criança quando Xuxa “protagonizou um filme pornô”, citando um dos episódios mais polêmicos da carreira da apresentadora. O filme foi lançado em 1982 com o título de “Amor estranho amor” onde ela protagonizava cenas sensuais com um garoto de 12 anos.
A aprovação do texto foi duramente criticada por líderes religiosos, senadores e deputados ligados a bancadas conservadoras. Mas para Freire a aprovação do texto é uma “vitória”.
Freire é filho do pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), assumiu a presidência da Frente Parlamentar Evangélica em abril do ano passado.
No texto o deputado afirma que os parlamentares evangélicos tiveram uma “brilhante atuação e estratégia” para a “aprovação da lei ‘Menino Bernardo’”.
“Conseguimos, com a ajuda e a graça de Deus, tirar tudo aquilo que possibilitava que o Estado interferisse na criação dos pais em relação a seus filhos, também não permitindo a proibição da famosa “Palmadinha” para a correção dos filhos”, disse Paulo Freire.
Apesar da crítica ao projeto o deputado afirma que a norma não proíbe todo tipo de tapinha e toma como base a afirmação do criminalista e professor, Alamiro Velludo Netto, da Universidade de São Paulo (USP).
O deputado ignorou a crítica dos colegas e afirma que a lei foi aprovada graças a um trabalho “estrategicamente bem feito” e comemorou a “vitória da bancada Evangélica” afirmando que ela foi dada por Deus.
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