Dobra o número de milionários na poupança; entenda
Apesar de ser um investimento considerado seguro e fácil e de oferecer isenção de Imposto de Renda, a poupança não é recomendável como aplicação de longo prazo, afirmam especialistas, por perder para outras opções.
O quadro abaixo compara a caderneta com alternativas de renda fixa por um ano (curto prazo) e cinco anos (longo prazo) – os cálculos não descontam a inflação, ou seja, o rendimento é nominal.
“Alguém que vendeu um imóvel e recebeu uma quantia alta, de R$ 1 milhão, e pretende utilizar esse valor em breve para comprar um novo imóvel, pode deixá-lo na poupança”, exemplifica Mauro Calil, educador financeiro da Academia do Dinheiro.
Pelas regras atuais, depósitos feitos na caderneta a partir de 4 de maio de 2012 rendem 70% do juro básico (taxa Selic) mais TR (Taxa Referencial) sempre que a Selic for menor ou igual a 8,5% ao ano. Já as aplicações anteriores a essa data rendem 0,5% ao mês mais TR.
Na avaliação de Marcia Dessen, planejadora financeira e colunista da Folha, para quantias acima de R$ 1 milhão, é relativamente fácil encontrar opções melhores que a poupança.
“Quem tem R$ 1 milhão certamente vai conseguir uma rentabilidade maior em outros investimentos. Poderia, por exemplo, aplicar em em LFTs (Letras Financeiras do Tesouro). Iria pagar IR e taxa de corretagem, mas, mesmo assim, colocaria mais dinheiro no bolso”, afirma.
Vale destacar também que, em fundos de investimento, os custos cobrados de quem aplica grandes quantias, como a taxa de administração, costumam ser menores que nos produtos destinados ao pequeno investidor. E, com custos menores, o rendimento passa a ser maior.
Comodidade
“Ele se sente mais seguro na poupança, pela simplicidade operacional”, diz. “Além disso, a caderneta é um investimento de elevada liquidez – ou seja, o investidor consegue resgatar o dinheiro a qualquer momento, sem custo e sem cobrança de Imposto de Renda”, acrescenta a especialista.
Em relação à segurança da caderneta, porém, o investidor precisa estar atento ao fato de que o FGC só cobre depósitos de no máximo R$ 250 mil por CPF e por instituição, no caso de quebra do banco em que o dinheiro está depositado. Ou seja, seria preciso abrir quatro contas em bancos diferentes, com R$ 250 mil em cada uma.
A garantia, no entanto, vale também para CDBs, LCIs e LCAs.
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Caderneta com alternativas de renda fixa
Fonte: Folha
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