Autor de A Cabana lança outro livro polêmico
Cross Roads falará sobre novas “manifestações não tradicionais” da Trindade
Sucesso de vendas estimulou William Paul Young, autor de A Cabana a retomar o tema da espiritualidade cristã não convencional. Seu primeiro livro tornou-se um best-seller internacional, com mais de 18 milhões de cópias vendidas no mundo todo desde seu lançamento, em 2007.
A polêmica envolvendo uma visão teologicamente questionável da Trindade ajudou a promover A Cabana, considerado por muitos seguimentos evangélicos como “blasfêmia” e “heresia”. R. Albert Mohler Jr., presidente do conceituado Seminário Teológico Southern Baptist Theological Seminary chegou a dizer que “A popularidade do livro entre os evangélicos só pode ser explicada pela nossa falta de conhecimento teológico básico”.
Agora, a editora FaithWords está anunciando como o seu maior lançamento para a temporada de compras de Natal, o livro “Cross Roads” [Encruzilhadas]. O novo romance de Young sai com uma tiragem inicial de 1 milhão de cópias.
Inevitavelmente o novo livro será comparado com o fenômeno de A Cabana. Embora a história seja diferente, alguns temas são repetidos, incluindo a questão da morte, a luta para compreender o caráter de Deus e as “manifestações não tradicionais” da Santíssima Trindade.
A história de Cross Roads é Anthony Spencer, ou Tony para seus amigos, um homem de negócios de 45 anos, implacável e paranoico, e de sua ex-mulher. Ele se divorciou, mas voltou a casar com ela mais tarde, não por amor, apenas “para experimentar a satisfação de deixá-la uma segunda vez”. No entanto, Tony, que nunca teve família e cresceu nos abrigos do governo, teve um filho, que morreu aos 6 anos. Em sua dor, ele se fechou para o mundo e rejeitou a filha do casal.
Conforme o tempo passa, um tumor é descoberto no cérebro de Tony e, sofrendo de um traumatismo craniano, ele acaba em coma. É então que Deus dá a ele outra chance de se arrepender. Num estado intermediário entre este mundo e o além, Tony se encontra com Jesus, que lhe dá um tapa no rosto para mostrar que Ele é real. O Espírito Santo é descrito como uma “avó índia”, da tribo Lakota. Ela recomenda “exercícios e dieta” para Tony perder peso.
Também há um encontro com alguns demônios e, curiosamente, com um irlandês chamado Jack. Sim, o apelido do teólogo C. S. Lewis, que ficou famoso por usar histórias fantásticas para comunicar as verdades do Evangelho.
Após visitar esse “estado intermediário”, Tony volta à Terra e tem a oportunidade de repensar as escolhas que fez na vida, incluindo coisas que ele lamenta e decide reverter. Curiosamente, ele recebe também o poder de curar apenas uma pessoa. Assim, precisará decidir se usa a oportunidade para curar a si mesmo ou outras pessoas com diferentes necessidades: uma mulher idosa com Alzheimer ou uma adolescente com leucemia.
Enquanto seu corpo repousa na unidade de cuidados intensivos, de alguma forma Tony passa a ocupar a mente de pessoas diferentes, incluindo um adolescente com problemas mentais e uma enfermeira negra, algo transmitida de uma pessoa para outra através de um beijo.
Na jornada de vida de Tony, cheia de ressentimento, e seu encontro com Deus, o leitor será convidado a repensar sua relação com o divino e as consequências das escolhas feitas nessa vida.
Em uma entrevista recente, Willian Paul Young afirmou: “Parte da minha jornada terrena é tentar mostrar que a alma humana é uma criação muitíssimo intrincada e maravilhosa de Deus… que nós ainda deixamos uma enorme parte dela para ser explorada… Jesus não veio ao mundo iniciar uma nova religião. Jesus não é o” fundador do cristianismo”. Ele veio destruir o pensamento religioso através da introdução do conceito de relacionamento. E são os relacionamentos que sempre nos deixam sem ter o controle, isso é o tema mais importante tanto de A Cabana quanto em Cross Roads”.
Traduzido de Charisma News e Christian Post.
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